Seção Sindical conclui curso de Formação Política e Sindical com reflexões sobre o SINPAF
Terminou no sábado, dia 7, o curso de Formação Política e Sindical, realizado pela Seção Sindical Campinas e Jaguariúna do SINPAF, em parceria com o Coletivo de Formação e Cultura da subsede da CUT Campinas. O tema do último módulo foi o SINPAF e, após o encerramento, houve a confraternização de fim de ano da Seção Sindical.
Ao longo do segundo semestre foram realizados cinco módulos em torno de assuntos fundamentais relacionados com o mundo do trabalho, conduzidos por Mario Macedo Netto, do Sinergia Campinas, professor de Sociologia, educador social e coordenador do Coletivo, que é parceiro da iniciativa. “Os encontros de formação ocorreram em um ambiente mais descontraído, participativo, com envolvimento de todos os participantes, com a ideia de não esgotar os temas, mas apresentá-los, muitas vezes, sob outro olhar, outra perspectiva, provocando a turma a refletir sobre o tema em relação à sua realidade, realidade de seu sindicato, da sua categoria”, explica.
Na avaliação de Simone Ery Grosskopf, da Embrapa Agricultura Digital, que conseguiu participar de alguns módulos, a realização do curso foi uma iniciativa extremamente importante, por parte da Seção Sindical, principalmente no que se refere a um melhor entendimento do processo de construção das lutas. “A gente vai perdendo muito espaço e as pessoas acreditam que tudo o que nós já conseguimos ao longo das lutas são eternas”, analisa Simone e acrescenta que reconquistar direitos perdidos é mais difícil do que a toda a luta da conquista. “É importante estarmos em contato, avaliando, entendendo e percebendo as coisas. Acho que a gente vem perdendo muito espaço e isso é muito preocupante”.
O aspecto coletivo também foi ressaltado por Graziella Galinari, da Agricultura Digital. “Além da oportunidade de trocar ideias e refletir sobre assuntos importantes para nossa atuação como cidadãos, o curso mostrou como é fundamental o senso de coletividade. O sindicato é feito também pelos trabalhadores e a participação coletiva sempre irá enriquecer e fortalecer ainda mais a luta, que é de todos nós, por uma sociedade melhor”.
Módulos
O primeiro tema abordado no curso foi a História do Sindicalismo, em agosto, e para Larissa Miranda, que participou como convidada externa, foi um dos que mais lhe chamou a atenção. Ela conta que ao longo de sua vida profissional teve pouco contato com sindicatos. “Gostei bastante do curso e a primeira aula que tivemos, que foi específica sobre sindicatos, achei fundamental”, aponta e ressalta que os sindicatos são essenciais para a proteção dos trabalhadores e seus direitos.
Em setembro, houve um encontro extra para a projeção do documentário Chão de Fábrica, dirigido por Renato Tapajós e Hidalgo Romero. A programação continuou com dois módulos no mês de outubro, Consciência e Luta de Classe, no dia 5, e Esquerda x Direita, no dia 26. E em novembro, a reflexão foi em torno de Controle Social. “Foi muito interessante. Já conhecia um pouco a história do movimento sindical brasileiro, mas a forma como foi mostrado aqui no curso, rever os momentos cruciais desse movimento, realmente senti a força que teve”, comenta José Dilcio Rocha, da Embrapa Territorial.
Para Tércia Zavaglia Torres, da Agricultura Digital, o curso foi completo, além de necessário. A estrutura pensada, na avaliação dela, foi coerente, ao começar com uma base conceitual, abordando noções sobre esquerda e direita, por exemplo. “Conceitos mais básicos para a gente ir contextualizando o que está acontecendo agora”, analisa e destaca que a troca de ideias com fundamentos, incentivada e vivenciada ao longo do curso, fortalece a categoria e a construção de um sindicato mais forte, de raiz. “Acho que a gente deveria ter essa prática sistematicamente, porque formação é isso. Ela precisa ser continuada”.